domingo, 8 de março de 2009

Quando chove no sertão

Quando chove no sertão.

Vejo no alto da serra, o clarão!
Resplandecente na escura madrugada
Que por si só, se mostra enluarada,
Em meio à vasta escuridão.

Os relampejos anunciam o trovão
Que ao estrondo lá do alto causa susto,
Despejando gotas d’água sobre o arbusto
Dando vida, germinando a plantação.

Tudo muda no cenário do sertão
Nesta cena a esperança protagoniza
No ato que o sertanejo profetiza
Vivendo o drama, do real a ficção.

Neste momento, chora ele qual criança,
Só Deus sabe o que o sertanejo sente
Que tanto espera pra plantar sua semente,
Que ele guarda junto a ela, a esperança.

Agradecendo ao Deus pai da criação
De joelhos sobre a terra está prostado,
Que como benção fez chover no seu roçado
Dando graças por lembrar, do seu sertão.

Cada pingo que deságua em correnteza
Ressuscita do seu leito o velho rio
Transformando o sal da terra em pleno cio
Mostrando-nos a outra face, a natureza.

A mesma água que inunda o tórrido chão
Reflete-se abundante em seu olhar,
Só pensando o que colher do plantar,
Na incerteza que ela voltará, ou não.

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Quem sou eu

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Natal, Rio Grande do Norte, Brazil
Sou um caboclo pacato De origem interiorana Nasci em terra bacana Como verdade e fato Esse é o meu jeito nato De falar do meu torrão Tenho um grande coração Que a ele está resguardado Por isso que sou chamado De Poeta do Sertão

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