quinta-feira, 14 de maio de 2009

O fumante

O FUMANTE

Meu caro “inimigo” fumante
Atente a este recado
Por eu jamais ter fumado
Tenho crédito o bastante
Sei que é decepcionante
Ser pelo um vício dominado
E digo, estás escalado
Para fazer transplante

Se eis um fumante novo
Tu eis um Zé de galocha
Se velho, é burro e broxa
Uma ameaça pro povo
Seu pinto não gera ovo
Eis um ser indesejado
Para ser saudável e sarado
Terás que nascer de novo

A sua mulher amada
É a primeira vítima fatal
E pra não te atender mal
Sempre linda e perfumada
Mas se ligue na parada
Não fique tão confiante
Pois se ela não for fumante
Pode haver uma virada

Você no vício insistindo
E mais forte que seja o amor
Não suportará seu fedor;
A asma e os dentes caindo.
Seu pulmão se destruindo,
Sua sentença lançada
Não é mais homem pra nada
Mas devias está sorrindo

O fumante é um perdido
Realmente é uma desgraça
Por onde o sujeito passa
É logo reconhecido
E de galã a fedido
Se acha estar abafando
E o câncer festejando
Em breve, mais um falecido

Com tanta coisa pra chupar
Ele escolhe logo o cigarro,
Tem gente que come barro
Mas não dá pra comparar
Ainda pra completar
Mantendo seu triste vício
Tudo enfim é desperdício
E a cova é teu lugar

Para cada trago dado
Ingeres más substâncias
E se pensas que é elegância
Estais é muito enganado
Tudo de ruim é tragado
E pra acabar de completar
Obriga-nos a compartilhar
Deste vício amaldiçoado

Imaginar que tu gostas
Desta merda que é cigarro
Cocô, meleca e catarro
Pra mim é a mesma bosta
Eu faço até uma aposta
Que não há no mundo quem agüenta
Do que sai da boca e a venta
Mesmo que estejas de costa

Por mais se criem medidas
Coibindo esse abuso
Sempre haverá um intruso
Complicando nossas vidas
E de ambientes a avenidas
Com esse vício sem futuro
Vai poluindo nosso ar puro
Pior do que pesticidas

Fumante é um ser indesejado
É a pior raça que existe
E pra cumprir seu vício triste
Uns pedem ou compra fiado
Com aquele bafo apurado
Vai cumprindo seu capricho
Pega a piuba até no lixo
Mas não fica sossegado

Por tudo que é tragado
Que não dares importância
Aquelas tais substâncias
No seu corpo é injetado
Se não tomares cuidado
Não irás levar no caixão
Próstata, esôfago e pulmão
Quando fores enterrado

Fumar é uma coisa vil
Para que não fuma, uma afronta
É uma brasa numa ponta
E na outra, um imbecil
E só aqui no Brasil
Estão morrendo aos milhares
E nas clínicas hospitalares
Por dia são mais de mil

Agora diga você
Responda-me qual é a graça
Chupar e engolir fumaça
E ainda chamar de prazer
Então não sabes o que é ser
Amar beijando na boca
Com uma bela caboca
Na hora que ela escolher

Deixe este vício, não desista
Viva por mais alguns anos.
Faça ainda muitos planos
Seja forte e otimista
Se der vontade, persista
Por isso amigo, descida
Prolongue seus dias de vida
E terás grande conquista

Amigo não seja tonto
Cuidado com o pé-de-lã
Pois só com uma bala de hortelã
Podes ganhar muito ponto
Faça um tratamento odonto
Dê um basta na nicotina
Reconquiste sua menina
E se livre deste confronto

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Natal, Rio Grande do Norte, Brazil
Sou um caboclo pacato De origem interiorana Nasci em terra bacana Como verdade e fato Esse é o meu jeito nato De falar do meu torrão Tenho um grande coração Que a ele está resguardado Por isso que sou chamado De Poeta do Sertão

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