quinta-feira, 14 de maio de 2009

A chuva e o agricultor

Dessa união, nascem frutos, flores e fartura e, como bom sertanejo e que tanto dependi também da chuva, aqui está minha homenagem.

A chuva e o agricultor!

A chuva pro sertanejo,
A união deste ensejo
Pra ele, o maior desejo,
A maior riqueza que existe,
O bom prenúncio anunciado,
Céu de nuvens, carregado,
Prá ver o seu chão molhado
Disso ele nunca desiste

Pra cessar sua tristeza,
Roga a Deus com nobreza
De uma fonte, a correnteza;
De uma represa, um açude,
Pedindo que este cenário
Para ele tão necessário
Que o tirou do calvário
Que nunca, que nunca mude.

Ao ver a terra molhada
A cena tão desejada
Pela graça alcançada
Agradece ao criador
Anuncia a sua gente
Acomoda sua semente
E assim feliz e contente
Entra em cena: o agricultor.

O mato esverdeando
As represas transbordando
Suas sementes a brotando
E o capinzal verde e pastoso
A fé, a grande esperança,
Que ele a tem como herança
Guarda a Deus a confiança
O seu bem mais precioso,

Feliz, eufórico, encantado
Vai limpando seu roçado
Brocando o mato queimado
E o gado adentrando os pastos
Riachos, lagos, enchentes.
Fontes que abundam as nascentes
Vendo ali brotar sementes,
E os capinzais verdes e vastos

De joelhos, reza e agradece;
A tudo que a ele acontece
Foi ouvida sua prece
A terra está molhada
Esta nobre criatura
Enche-se de fé e bravura
E agora, alegria e fartura,
Sede e fome saciada.

Bendito homem do sertão
O autêntico cidadão
Fundiário ou peão
Camponês, semeador
Das suas mãos, seus cultivos
Sinônimos e adjetivos
Dos mais nobres seres vivos
Nosso BRAVO AGRICULTOR.


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Quem sou eu

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Natal, Rio Grande do Norte, Brazil
Sou um caboclo pacato De origem interiorana Nasci em terra bacana Como verdade e fato Esse é o meu jeito nato De falar do meu torrão Tenho um grande coração Que a ele está resguardado Por isso que sou chamado De Poeta do Sertão

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