Dessa união, nascem frutos, flores e fartura e, como bom sertanejo e que tanto dependi também da chuva, aqui está minha homenagem.
A chuva e o agricultor!
A chuva pro sertanejo,
A união deste ensejo
Pra ele, o maior desejo,
A maior riqueza que existe,
O bom prenúncio anunciado,
Céu de nuvens, carregado,
Prá ver o seu chão molhado
Disso ele nunca desiste
Pra cessar sua tristeza,
Roga a Deus com nobreza
De uma fonte, a correnteza;
De uma represa, um açude,
Pedindo que este cenário
Para ele tão necessário
Que o tirou do calvário
Que nunca, que nunca mude.
Ao ver a terra molhada
A cena tão desejada
Pela graça alcançada
Agradece ao criador
Anuncia a sua gente
Acomoda sua semente
E assim feliz e contente
Entra em cena: o agricultor.
O mato esverdeando
As represas transbordando
Suas sementes a brotando
E o capinzal verde e pastoso
A fé, a grande esperança,
Que ele a tem como herança
Guarda a Deus a confiança
O seu bem mais precioso,
Feliz, eufórico, encantado
Vai limpando seu roçado
Brocando o mato queimado
E o gado adentrando os pastos
Riachos, lagos, enchentes.
Fontes que abundam as nascentes
Vendo ali brotar sementes,
E os capinzais verdes e vastos
De joelhos, reza e agradece;
A tudo que a ele acontece
Foi ouvida sua prece
A terra está molhada
Esta nobre criatura
Enche-se de fé e bravura
E agora, alegria e fartura,
Sede e fome saciada.
Bendito homem do sertão
O autêntico cidadão
Fundiário ou peão
Camponês, semeador
Das suas mãos, seus cultivos
Sinônimos e adjetivos
Dos mais nobres seres vivos
Nosso BRAVO AGRICULTOR.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
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Quem sou eu
- Joventino Senna
- Natal, Rio Grande do Norte, Brazil
- Sou um caboclo pacato De origem interiorana Nasci em terra bacana Como verdade e fato Esse é o meu jeito nato De falar do meu torrão Tenho um grande coração Que a ele está resguardado Por isso que sou chamado De Poeta do Sertão
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